quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Hoje vou ser


Hoje vou ser o amanhecer...ser o orvalho,
que acalmará teu calor...
Hoje vou ser néctar com sabor de mel,
para os teus lábios adocicar...
Hoje vou ser a frondosa sombra,
para que repouses na tarde quente...
Hoje vou ser o canto dos pássaros
para te encantar a alma com bela melodia...
Hoje vou ser o teu livro de histórias,
para delicadamente passeares teus dedos
e leres em cada página, um pouco de mim ...
Hoje vou ser a ternura que te acarinha,
a brisa que nos teus cabelos se envolve,
a chuva meiga que a terra beija,
repleta de cores de tuas flores,
o perfume da rosa, beija-flor e borboleta
Hoje vou ser , o entardecer...
o pôr-do-sol, o crepúsculo ao anoitecer!
Serei o céu escuro, de estrelas acompanhado,
o clarão da lua apaixonando ...
Hoje vou ser , o sono que te embala
em sonhos lindos de se sonhar...
Hoje vou ser, teu noite e dia,hora após hora,
para nunca, te ver sozinha!..

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Sonhei


Sonhei contigo esta noite
vi-te em flores alvas deitada
Tinhas o luar nos cabelos
e nos olhos a madrugada
Sonhei contigo esta noite
como queria ter sonhado
Senti o calor da minha mão
percorrer tuas formas agitada
Soltaste doce e belo gemido
numa voz tão delicada
Tu dourado campo de trigo
eu sol forte que te queimava
Então despertei ainda sonhando
procurando me encontrar
Quando me vi ao espelho
era teu o meu olhar.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Eu Louco ?


Chamam-me louco os insanos deste mundo
E eu, que louco sou, louco me sinto
Sou louco por ti , sou louco não desminto
Louco por ti, louco, demente profundo.

Não importa ser-se louco um só segundo
Também o tempo é louco, e não minto
Quando digo que ser louco eu consinto,
Pois antes louco por ti ser que sem mundo.

Sou louco sim, por ti e por mais ninguém
Sei que sou louco, e sei-o sem favor
Porque sei que és louca por mim também.
Ser louco, não é questão maior!

Mas será que se o não for por alguém,
Ser louco e sê-lo mesmo, é por amor...
Sou louco por amor, amo como ninguém
Sou louco em desvairío, louco sem temor.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Delirios


Eu quero apenas amar-te docemente
Como se todo o tempo fosse nosso
Como se todo o tempo fosse pouco
Como se nem sequer houvesse tempo.
Na tua boca a minha boca canta
Invento as palavras que os Deuses não merecem!
Vem, viajarei contigo á procura de nós em cada beijo
Percorro-te os contornos devagar
Dobrando-os lentamente contra o peito
E penetro em delírio a tua noite
Despertando desejos no teu sangue
Com louca e enibriante ternura
Os meus dedos selvagens em fuga
Percorrem mil vezes as dunas do teu corpo
Para dormirem nos teus cabelos
As linguas como rosas
As bocas como fogueiras
Tua boca para a minha boca...
Os teus lábios, um poço para a minha sede
Os fios dormentes de água que a tua lingua solta
Num grito cor-de-rosa
E a minha lingua sorve e canta, dentes que mordem
Derramando a seiva da tua primavera sem palavras.
Como num sonho louco e doce, eu, teu desejo fosse...

Verde cidade


Tudo o que já vivemos naquela Verde cidade
Ultrapassa de longe o imaginário da verdade
Cresce a insegurança e o erotismo está presente
Nasce o sentimento de culpa por estar ausente
Gostava de ficar todos os dias
Poder olhar pra ti
Quero sempre olhar por ti
Ser o teu norte
Fazer parte da tua sorte
Uns minutos são horas de paixão
Segundos sem ti anos de solidão
Olho deliciado o teu andar
O tempo que passa, avança sem parar
Ser novamente teu mesmo que por um dia
Poder olhar pra ti
Quero sempre olhar por ti
Ser o teu rei tu a raínha
Abraça-me, abraço-te, quero-te segurar
Quero dar-te algo oculto por trilhar
És verdade que revês no meu olhar
Sonho o imaginário , o que é que tem?
Insatisfeito com este presente
Ontem, hoje, mesmo longe fazes-me bem
Viver assim todos os dias
Poder olhar pra ti
Quero sempre olhar por ti
Tudo o que já vivemos naquela Verde cidade

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Colibri


O meu amor é um Colibri
Que gosto de ver voar
E tentar adivinhar
Onde ela vai poisar
Gosto de a ouvir
Em sons harmoniosos
Pequenas e únicas sinfonias
Para os meus ouvidos curiosos
Voa, voa minha Colibri...
E depois quando vai embora
Fico aqui sozinho
E a noite ainda demora
Ficou o céu vazio
Tão vazio como eu
E azul como aquele rio
E não é só a minha Colibri
Aaah...não me deixes sozinho...
Levanto-me lentamente
E sigo o meu caminho
Amanhã a minha Colibri volta
Não têm mais para onde ir
E mesmo que não cante para mim
Eu só gosto de o Colibri ouvir

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Teu abrigo


A simples lembrança dos teus dedos
No meu rosto arrepia-me.
O teu cheiro habita-me a alma
O meu peito arfante recebe-te.
Abraça-me, vem ter comigo
Ajuda-me a apagar do peito
A dor do querer.
A noite instala-se em mim
Lá fora, apenas o silêncio do teu olhar
Vem.
Ocupa com o teu corpo,
Este abrigo que te chama.
Volta a ser a minha morada
Faz do meu corpo o teu ninho
Estou atordoado
Pelas saudades crescentes.

Amo-te!

domingo, 12 de novembro de 2006

És como és…


És como o tempo…
Andando em frente,
Coração em leve compasso!
És como o vento…
Transparente
Umas vezes calma, leve brisa,
Outras tempostade repentina!
És como o sol…
Luminosa, quente,
Aquecendo tudo em teu redor!
És como a lua…
Amante ardente,
Esperando à noite o meu amor!
És como uma estrela…
Longinqua, intocável,
Mas acima de tudo brilhante!
És como a neve…
Tão branca e fria,
Que quando cai é deslumbrante!
És como o mar…
Salgado,
Em que apetece entrar!
És como és…
Sem pecado,
Amas a vida e quem te amar!

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

A mulher que eu amo...


A mulher que eu amo...
Tem asas para se embelezar
Não precisa delas para poder voar
Voa longe por si mesma
Por sua vontade se conduz
A mulher que eu amo...
Não tem embalagem nem máscara
Sem vergonha de ser e querer
Não precisa prender-se ou conter-se
O corpo é frágil, a alma não.
A mulher que eu amo...
É a mãe, é plantar, colher e dar
É a própria vida a celebrar
A mulher que nela habita
A mulher que eu amo...
É vida que cresce ao meu redor
É flor que se abre, é fruto maduro
É o centro do meu universo
É o poder que me engrandece.
A Hena que eu amo... é a mulher!

O homem que eu amo ...



O homem que eu amo ...
Tem os olhos belos e brilhantes como o nascer do sol.
Tem a suavidade das ondas do mar quando tocam a areia.
A delicadeza de um beija -flor
A sensibilidade de uma orquidea.
A doçura do mel.
O sorriso da lua crescente.
O aconchego de uma fogueira.
Pai dedicado feito o cavalo marinho.
O Homem que eu amo é Luz é vida é Amor
Ele é simplesmente Heitor!



By Hena

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Gestos mudos


Podia dizer-te do amor todas as palavras.
Escrevê-las.
Marcá-las.
Cravá-las em ti.
Mas do teu corpo quero o nu e o silêncio
E só os gestos marcarão a minha presença.
E no silêncio do teu corpo falará o meu,
E à nudez do teu corpo se imporá a minha.
E em gestos mudos mansamente te amarei
E em gestos mudos fortemente me prenderás.
E a minha nudez, selada nos teus braços,
será tua pertença.
Para que de ti, nada de mim, se separe.
Para que de ti, nunca meu corpo se ausente.
Para que de ti, nunca eu me aparte.
Obediente em cada sílaba,
na ígnea teimosia do meu desejo.
Que surge flor no meu dia.
A chama surpreendida
na palma da minha mão,
do meu colo, do teu seio.
A água... a água da minha eterna sede.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Fim de tarde


O fim de tarde,
trouxe o teu beijo
com ele uma leve brisa,
o teu perfume, o meu desejo!
O nosso amor,
arde de paixão
queria tocar-te..
treme o meu coração
queria beijar-te!
Fecho os olhos,
como queria abraçar-te
o teu corpo tocar
admirar-te...
não consigo parar de olhar
Olho o azul do céu
mando-te em alva nuvem um beijo meu

domingo, 5 de novembro de 2006

Vento


Neste preciso momento...
Quero ser o vento
Que vem da montanha
Numa suave brisa
Para tocar tua pele
Acariciar os teus cabelos
E beijar-te os lábios
Neste frescor matinal
Como não posso ser o vento
Serei só o pensamento
Que pensa em ti
E neste momento
Em pensamento
Nas asas do vento eu vou
Chego e acaba o tormento...

Quando tiveres uma lágrima de tristeza, parte-a ao meio, dá-me metade e chorarei contigo. Quando eu tiver um sorriso de alegria dou-te inteiro só para te ver feliz!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Saudade


Que saudade... Que saudade...
Do meu amor, tão distante.
Que vontade de voltar a teus braços
Saudade com todos os sonhos a porvir

Que saudade... Que saudade...
De voltar a viver cada instante
Cada momento feliz ou infeliz
O importante era voltar aos teus enlaços

Que saudade... Que saudade...
Dos choros contidos, dos sorrisos soltos.
Da alegria de ganhar um colinho
Ou um afago qualquer

Que saudade... Que saudade...
Dos tempos de carinhos inimagináveis
De brincadeiras sem maldades
De sonhos e imaginações

Que saudade... Que saudade...
Da garotinha sonhadora
Ora feliz ora pensativa
Mas com o coração cheio de sonhos

Hoje distantes mas o sonho cresceu
E muito mais temos a sonhar
Só essa eterna saudade... Saudade
Dos tempos a que queremos voltar
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