Um longo sonho...
Atravessamos a noite de mãos dadas. Cortamos o frio seco de Inverno. Vimos as nossas almas abraçadas a beira-mar. Sussurramos palavras que o vento nos diz ao ouvido numa noite romântica, de beijos e abraços. Falamos do amanhã que nunca mais chega, do ontem que nunca vivemos, do presente que não passa mais do que um sonho. Soltei uma lágrima quando disseste que o medo abraça a tua alma. E eu que tento alimentar a realidade neste sonho que não sei deixar de sonhar. Disse-te que eu não era de ninguém, mas sim do AMOR. Disse-te que de mim, poderias esperar a imperfeição, não sou perfeito e perderia a piada humana se o fosse. Sorriste... Oh, o teu sorriso, faz-me brilhar o olhar, qual luar... Disseste que tudo seria simples se eu fosse um sonho porque a realidade assusta-te. Respondi-te que eu não sei ser um sonho mas poderia tornar um sonho realidade, basta querer e acreditar. Todos nós poderemos fazê-lo. Peguei-te nos braços, protegi-te do vento, das sombras das lágrimas. Do medo da realidade. A dor da tua alma fechei-a no peito. Encostei-te a mim, beijei-te com um ramo de flores numa das mãos e noutra um poema de amor dedicado a ti. Murmurei breves palavras de amor no teu ouvido. Soletrei com todas as letras o quanto significavas para mim. Nessa noite, o Céu tinha a magia das estrelas. Os teus olhos brilhavam, eu transpirava com todos os nervos a flor da pele. Perguntaste-me se eu sabia falar a linguagem das lágrimas... Respondi-te que eu nunca fui sábio nem poeta, apenas simples humano que procura um amor para amar. Perguntaste-me se eu sabia aonde viviam os sonhos... Respondi-te que nunca tentei me descobrir aonde os sonhos vivem porque eu faço parte da realidade por isso acordei com uma lágrima seca no canto do olho.
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